Qualificação pública de mestrado da aluna
Natalia Galvadão
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JULIO DE MESQUITA FILHO"
Orientadora: Profa. Dra. Sandra Eli Sartoreto Martins da UNESP de Marília.
Banca: Profa.Dra. Ana Claudia Balieiro Lodi da USP de Ribeirão Preto
e Profa.Dra. Mary Jane Spink (por vídeo conferência), da USP de São Paulo.
Título da dissertação: "Acessibilidade no Ensino Superior."
Data: 06 de outubro de 2016 - Local: Sala 11 - prédio didático da UNESP de Marília/SP
Bolsista do Projeto em Rede “Acessibilidade no Ensino Superior” (OBEDUC/CAPES),
qualifica sua dissertação de mestrado na Faculdade de Filosofia e Ciências FFC-
UNESP, em Marília, no 06 de outubro de 2016, sob a orientação da Profª. Drª.
Sandra Eli Sartoreto de Oliveira. Na composição da banca estiveram presentes a
Profª. Drª. Ana Cláudia Balieiro Lodi
(USPRP) e a Profª. Drª Mary Jane Paris Spink (PUCSP).
O
movimento surdo no Brasil e suas reivindicações acerca dos direitos
linguísticos de uso da Libras, em contextos de formação acadêmica, mediadas
pelo profissional Tradutor Interprete de Libras - TILS, já é realidade em
várias universidades brasileiras, após a promulgação da “Lei da Libras – Língua Brasileira de Sinais) e do “Decreto 5.626/2005”,
que institui diretrizes às orientações para atuação deste profissional, em
várias etapas de educação.
Posto isso, a pesquisa destaca a
importância de apoios e serviços especializados à formação dos universitários
surdos que promovam a
aprendizagem na Educação Superior.
Nesta lógica, Natália Gavaldão,
estudante em nível de mestrado, na UNESP-Marília, analisa os discursos dos
professores sobre as condições de acessibilidade pedagógica para uma
universitária surda, no curso de graduação, da Unesp.
De modo
preliminar, os resultados indicaram haver um descompasso entre os discursos
políticos oficiais e as práticas formativas dirigidas a esta população, na instituição
investigada. Dentre as manifestações mais recorrentes destacou-se a ausência de
suporte pedagógico aos professores que pudessem orientá-los no atendimento a
heterogeneidade dos modos de apreender, desses novos estudantes, em sala de
aula. No caso da estudante surda, a oferta de serviço de TILS foi então,
concebida pelos participantes como ponto fulcral, na promoção de práticas
educativas inclusivas, na universidade.
Espera-se
que os apontamentos revelados contribuam para alargar a compreensão do processo
formativo de universitários surdos no Brasil, com prerrogativa disseminar a postura
acolhedora frente às diferenças presentes nos espaços universitários.
Diferença
está que não pode ser convertida em similitude para não cairmos na armadilha da
identidade. Respeitar e acolher as diferenças, significa o compromisso da
universidade pela superação do desejo de correção dos desiguais para harmonizar
o convívio no espaço educacional.

Havia surdos presentes, e por isso contamos com a interpretação para Libras dos intérpretes Marcília Correa de Souza (na foto acima), Jéssica Roberta da Silva Correa, João Henrique Bonini do Nascimento e Ricardo Ernani Sander.
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